07 12 Sábado da semana XIV

Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2025-07-12

Sábado da semana XIV

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 49, 29-33 – 50, 15-26a; Sl 104 (105), 1-2. 3-4. 6-7
Ev Mt 10, 24-33

Sugestão de imagem Uma pequena ave pousada numa mão aberta, com o céu azul ao fundo — símbolo da confiança serena em Deus que cuida até dos mais pequeno

EVANGELHO Mt 10, 24-33
«Não temais os que matam o corpo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «O discípulo não é superior ao mestre, nem o servo é superior ao seu senhor. Ao discípulo basta ser como o seu mestre e ao servo ser como o seu senhor. Se ao chefe da família chamaram Belzebu, quanto mais aos da sua casa? Não tenhais medo dos homens, pois nada há encoberto que não venha a descobrir-se, nada há oculto que não venha a conhecer-se. O que vos digo às escuras, dizei-o à luz do dia; e o que escutais ao ouvido proclamai-o sobre os telhados. Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes Aquele que pode lançar na geena a alma e o corpo. Não se vendem dois passarinhos por uma moeda? E nem um deles cairá por terra sem consentimento do vosso Pai. Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Portanto, não temais: valeis muito mais do que todos os passarinhos. A todo aquele que se tiver declarado por Mim diante dos homens também Eu Me declararei por ele diante do meu Pai que está nos Céus. Mas àquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.

O teu texto está muito bem estruturado, claro e profundamente espiritual. Aqui vai uma ligeira revisão, apenas com pequenos ajustes de estilo e fluidez, mantendo integralmente o conteúdo e o espírito original:


Comentário ao Evangelho – Mt 10, 24-33 (350 palavras)

Neste Evangelho, Jesus prepara os seus discípulos para as dificuldades da missão. Fala-lhes com verdade e coragem: se Ele, o Mestre, foi perseguido e insultado, também os seus discípulos o serão. Mas repete por três vezes uma exortação central: «Não temais». É um apelo insistente à confiança, mesmo no meio da oposição e da perseguição.

Jesus não esconde a dureza do caminho, mas oferece uma perspetiva mais profunda: a verdadeira ameaça não é a morte do corpo, mas a perda da alma. O medo dos homens deve ser relativizado diante da confiança total em Deus. Ele conhece cada pormenor da nossa existência — até os cabelos da nossa cabeça estão contados. Esta imagem, ternamente concreta, revela a delicadeza com que Deus nos ama e vela por nós.

Os passarinhos, aparentemente tão insignificantes, não caem por terra sem que o Pai o permita. Quanto mais nós, seus filhos! Isto dá-nos coragem para proclamar a verdade, mesmo quando somos rejeitados ou incompreendidos. Jesus desafia-nos a viver com coerência e fidelidade, sem receio de testemunhar publicamente a nossa fé.

Num tempo em que se procura agradar aos homens, Jesus convida a uma fidelidade radical ao Evangelho. O verdadeiro discípulo não se esconde, nem se cala. O que é escutado ao ouvido, deve ser proclamado do alto dos telhados. A fé não é privada nem silenciosa, mas pública e transformadora.

Hoje somos desafiados a viver sem medo, com plena confiança no amor do Pai. E a recordar: cada ato de fidelidade aqui terá eco na eternidade. Quem se declarar por Cristo, será por Ele reconhecido diante do Pai. Esta é a promessa que sustenta os mártires, os justos e todos os que anunciam a verdade com o coração livre.


Oração breve
Senhor Jesus, fortalece o meu coração nas provações. Ensina-me a viver sem medo, fiel à Tua Palavra, confiante no amor do Pai que tudo vê e cuida. Que a minha vida Te proclame em cada gesto e palavra. Ámen.


 

E

07 11 Sexta-feira da semana XIV

Mt 19, 27-29
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»

Sugestão de imagem: Uma ponte estreita entre dois penhascos: de um lado, uma casa confortável e apegos terrenos; do outro, um campo luminoso com doze tronos e uma figura de Cristo glorioso. No meio da ponte, uma pessoa caminha com passos decididos, de olhos fixos em Cristo.

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
disse Pedro a Jesus:
«Nós deixámos tudo para Te seguir.
Que recompensa teremos?».
Jesus respondeu:
«Em verdade vos digo:
No mundo renovado,
quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória,
também vós que Me seguistes
vos sentareis em doze tronos
para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras,
por causa do meu nome,
receberá cem vezes mais
e terá como herança a vida eterna».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho de hoje nasce do impulso espontâneo de Pedro, que, depois de escutar Jesus falar das dificuldades de um rico entrar no Reino dos Céus, pergunta: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?» Esta pergunta é legítima e profundamente humana. Pedro, como nós, precisa de perceber o sentido do sacrifício, do deixar tudo. A resposta de Jesus é generosa e consoladora: promete não só a comunhão com Ele no Reino, mas também uma multiplicação dos bens deixados — cem vezes mais — e, sobretudo, a vida eterna.

Aqui, Jesus não valoriza apenas o deixar por deixar. Ele destaca a razão do abandono: “por causa do meu nome”. É essa entrega por amor e fidelidade ao Senhor que transforma uma renúncia numa semente fecunda de eternidade. A lógica evangélica subverte os critérios do mundo. Aquilo que parece perda é, aos olhos de Deus, um ganho incomensurável.

É importante notar que Jesus não nega a dificuldade da renúncia. Pelo contrário, reconhece o peso de deixar família, casa, terras. Mas, ao mesmo tempo, garante que ninguém perde verdadeiramente o que entrega por amor d’Ele. Tudo será restituído com abundância, ainda que de forma diferente — uma nova família, uma nova terra, um novo modo de viver, com o sabor da eternidade.

No fundo, este Evangelho convida-nos a examinar a nossa entrega. O que deixamos por Cristo? Que lugar ocupa o Seu nome nas nossas escolhas e prioridades? A promessa do Reino não é uma recompensa materialista, mas a plenitude de uma vida vivida com sentido, em comunhão com o Senhor. Pedro abriu caminho. Cabe-nos seguir com confiança.


Oração:

Senhor Jesus, ensina-me a deixar tudo por amor do teu nome.
Dá-me um coração desapegado, livre e confiante nas tuas promessas.
Que nunca tenha medo de perder, pois contigo tudo se ganha. Ámen.


S. Bento, Abade, Padroeiro da Europa – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Santos.

L 1 Pr 2, 1-9; Sl 33 (34), 2-3. 4-5. 6-7. 8-9. 10-11
Ev Mt 19, 27-29

07 10 Quinta-feira da semana XIV

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-10

Quinta-feira da semana XIV

L 1 Gn 44, 18-21. 23b-29 – 45, 1-5; Sl 104 (105), 16-17. 18-19. 20-21
Ev Mt 10, 7-15

Dois pés descalços sobre terra batida, com uma luz suave a iluminar o caminho — sinal de pobreza evangélica, confiança e missão itinerante.

EVANGELHO Mt 10, 7-15
«Recebestes de graça; dai de graça»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Jesus envia os seus Apóstolos numa missão urgente e libertadora: anunciar a proximidade do Reino dos Céus e confirmar essa mensagem com gestos concretos de cura e libertação. Esta missão não é reservada ao passado. É um apelo sempre atual para todo o cristão empenhado: proclamar com a vida que Deus está próximo, que o Seu Reino está ao nosso alcance, e que o amor é a linguagem que transforma.

A frase-chave — «Recebestes de graça; dai de graça» — é um grito contra o egoísmo e contra a tentação de comercializar o que é dom. O Evangelho não é um produto, é uma dádiva. A missão cristã não nasce da obrigação, mas da gratidão. Tudo o que temos, da fé à esperança, da saúde espiritual à salvação, recebemo-lo gratuitamente. Por isso, somos chamados a oferecer sem esperar trocas, aplausos ou vantagens.

Jesus também desafia os seus enviados a viver com leveza, desprendimento e confiança. Nada de acumular bens ou garantias. O missionário vive da fé e do essencial. A sua força não está nos meios, mas na Palavra e no poder de Deus.

Por fim, Jesus reconhece que haverá rejeição. Nem todos acolherão a mensagem. Mas o discípulo não deve desanimar: se não for recebido, deve seguir em frente com serenidade, sem ressentimentos. A fidelidade à missão vale mais do que o sucesso imediato.

Este Evangelho recorda-nos que o cristianismo verdadeiro é sempre dom partilhado, serviço gratuito e caminhada confiante. Só assim a nossa presença no mundo se tornará sinal credível do Reino que se aproxima.


Oração

Senhor, que me chamaste a anunciar o Teu Reino, faz de mim um mensageiro humilde e fiel. Que eu saiba dar com alegria o que recebi de graça. Liberta-me do apego às seguranças humanas e torna-me disponível para seguir o Teu caminho, com coragem e gratuidade. Ámen.


 

07 09 Quarta-feira da semana XIV

Liturgia diária.

Agenda litúrgica

2025-07-09.

Quarta-feira da semana XIV.

Sugestão de imagem Jesus a enviar os Doze, com cada um a partir em direcção diferente, olhando compassivamente para um rebanho disperso ao longe.

EVANGELHO Mt 10, 1-7
«Ide às ovelhas perdidas da casa de Israel»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus chamou a Si os seus Doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos impuros e de curar todas as doenças e enfermidades. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi quem O entregou. Jesus enviou estes Doze, dando-lhes as seguintes instruções: «Não sigais o caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO.

Jesus, ao chamar os Doze, não escolhe os mais sábios nem os mais influentes, mas homens simples, com falhas e fragilidades. Esta escolha revela o coração da missão cristã: Deus não chama os perfeitos, mas transforma os que chama. Ao conferir-lhes autoridade para expulsar espíritos impuros e curar enfermidades, Cristo confia-lhes a sua própria missão de libertar e restaurar. A lista dos apóstolos, com os seus nomes concretos, recorda-nos que cada um de nós é chamado pessoalmente, com a nossa história, para continuar a missão do Senhor.

A ordem de Jesus — «ide às ovelhas perdidas da casa de Israel» — exprime o cuidado pastoral e amoroso pelas almas que se afastaram. O foco inicial sobre Israel não é exclusão, mas um primeiro passo para a restauração da Aliança. Este mandato ecoa hoje como apelo à Igreja para cuidar, antes de mais, dos que se perderam dentro da própria casa: os baptizados afastados, os indiferentes, os desiludidos. São as “ovelhas perdidas” do nosso tempo, muitas vezes feridas, desiludidas ou esquecidas.

Na nossa vida quotidiana, este Evangelho convida-nos a assumir a vocação de discípulos missionários. Cada cristão é enviado com uma missão concreta: testemunhar, anunciar, curar, reconduzir. O Reino de Deus está próximo — não apenas no tempo, mas na presença de Cristo em cada gesto de amor, em cada reconciliação, em cada palavra que restaura a esperança.

Seguir Cristo é viver este dinamismo de envio. É deixar-se transformar por Ele para depois ser sinal visível da sua misericórdia no mundo.


Oração
Senhor Jesus, que chamaste os Doze pelo nome, chama-me também a mim.
Dá-me coragem para seguir-Te, humildade para servir, e amor para anunciar o Teu Reino aos que se perderam no caminho.
Faz de mim um instrumento da Tua paz. Ámen.


 

 

 

 

 

 

07 08 Terça-feira da semana XIV

Agenda litúrgica

2025-07-08

Uma seara dourada ao entardecer, com uma única silhueta de um trabalhador a caminhar entre os feixes, evocando a vastidão do campo e a urgência da missão.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus (Mt 9, 32~38.)

Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. . multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Palavra da salvação..

REFLEXÃO

Jesus revela-se como aquele que vê, escuta, compreende e age. Diante do sofrimento físico e espiritual do homem mudo possesso, Jesus intervém com poder libertador. O milagre devolve-lhe a voz, expressão da sua dignidade e capacidade de comunicação com Deus e com os outros. Mas nem todos acolhem esta libertação com alegria: os fariseus, presos à rigidez e à inveja, preferem desacreditar o bem evidente, atribuindo-o ao mal.

A reacção de Jesus não é o confronto, mas o compromisso. Ele não se deixa desanimar pela oposição, antes continua a percorrer cidades e aldeias, movido pela compaixão. O seu olhar vê para além das aparências: reconhece nas multidões sinais de cansaço, de abandono, de desorientação. E é neste contexto que pronuncia palavras que permanecem tão actuais: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos».

A missão evangelizadora exige presença, ternura e coragem. Não se trata apenas de números, mas de corações disponíveis. A colheita que espera trabalhadores não é um campo de produção, mas um povo que clama por sentido, esperança e cura. Jesus convida-nos a rezar — não tanto para que outros sejam enviados — mas para que o nosso coração se torne também disponível e generoso.

O problema não é a falta de missão, mas a escassez de quem queira abraçá-la com amor. Quantas “vozes mudas” existem hoje no mundo, presas por forças que oprimem, isolam e ferem? Quem se dispõe a ser presença libertadora, como Cristo, que escuta e cura, que ensina e caminha com os pobres?

### Oração

Senhor Jesus, que Te compadeceste das multidões cansadas e sem pastor, faz de mim um operário da Tua seara. Dá-me um coração semelhante ao Teu, sensível ao sofrimento, atento às necessidades dos irmãos, disposto a servir sem medo. Envia-nos, Senhor, para anunciar o Teu Reino com palavras e gestos de misericórdia. Ámen.

 

 

 

07 07  Mt 9, 18-26  Segunda «A minha filha acaba de morrerMas vem impor-lhe a mão e ela viverá»

 

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-07.

Sugestão de imagem: Uma representação serena e luminosa de Jesus estendendo a mão para tocar uma jovem menina adormecida, enquanto uma mulher ajoelha-se ao fundo tocando discretamente o manto de Jesus — símbolo da cura e da ressurreição.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, estava Jesus a falar aos seus discípulos, quando um chefe se aproximou e se prostrou diante d’Ele, dizendo: «A minha filha acaba de falecer. Mas vem impor a mão sobre ela e viverá». Jesus levantou-Se e acompanhou-o com os discípulos. Entretanto, uma mulher que sofria um fluxo de sangue havia doze anos, aproximou-se por detrás d’Ele e tocou-Lhe na fímbria do manto, pensando consigo: «Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada». Mas Jesus voltou-Se e, ao vê-la, disse-lhe: «Tem confiança, minha filha. A tua fé te salvou». E a partir daquele momento a mulher ficou curada. Ao chegar a casa do chefe e ao ver os tocadores de flauta e a multidão em grande alvoroço, Jesus disse-lhes: «Retirai-vos, porque a menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele. Mas quando mandou sair a multidão, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se. E a notícia divulgou-se por toda aquela terra.

Palavra da salvação.

Reflexão

Neste trecho do Evangelho, encontramos dois gestos poderosos de Jesus que nos revelam a profundidade da sua compaixão e o mistério da vida que Ele traz. Um chefe se aproxima com a dor da perda: sua filha acaba de morrer. Porém, na sua fé, ele acredita que Jesus pode reverter o impossível. Paralelamente, uma mulher que sofre há doze anos por uma doença crónica toca discretamente a orla do manto de Jesus, confiando que apenas esse gesto lhe trará cura. Ambos os milagres são sinais claros de que Jesus é a fonte da vida verdadeira, capaz de restaurar não só a saúde física, mas também vencer a própria morte.
Este Evangelho convida-nos a renovar a nossa confiança na força transformadora de Jesus. Ele não é apenas um curandeiro, mas Aquele que tem poder sobre a vida e a morte — uma promessa consoladora para quem enfrenta situações difíceis e aparentemente sem solução. A atitude da mulher demonstra que a fé não precisa ser ostentosa; o simples ato de acreditar já é suficiente para alcançar a graça divina.

Que esta passagem nos inspire a aproximar-nos de Jesus com coragem e humildade, confiando que Ele pode tocar as nossas feridas e trazer vida nova onde parece haver apenas desespero.

Oração:

Senhor Jesus, fortalece a minha fé para que eu possa tocar o teu manto com confiança e experimentar o teu poder de cura e vida. Ensina-me a acreditar em Ti mesmo nos momentos mais difíceis. Amém.

 

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07 13 DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

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2025-07-13

DOMINGO XV DO TEMPO COMUM

Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Dt 30, 10-14; Sl 68 (69), 14 e 17. 30-31. 33-34. 36ab-37 ou Sl 18 B (19), 8.9.10. 11
L 2 Cl 1, 15-20
Ev Lc 10, 25-37

EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?».

.Sugestão de imagem Um homem ferido no chão da estrada e outro (o samaritano) ajoelhado junto dele, a cuidar das suas feridas com ternura. Ao fundo, vêem-se ao longe dois homens indifereSugestão de imagem Um homem ferido no chão da estrada e outro (o samaritano) ajoelhado junto dele, a cuidar das suas feridas com ternura. Ao fundo, vêem-se ao longe dois homens indiferentes a continuar o seu caminho. A estrada poeirenta lembra o caminho da vida, cheio de encontros e escolhas.

EVANGELHO Lc 10, 25-37
«Quem é o meu próximo?».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas Lc 10, 25-37

Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar: «Mestre, que hei de fazer para receber como herança a vida eterna?». Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei? Como lês tu?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo». Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meu próximo?». Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio- morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?». O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele». Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».

Palavra da salvação

REFLEXÃO .

«Quem é o meu próximo?»

A pergunta do doutor da Lei, aparentemente teórica, toca o coração da fé cristã: quem é o meu próximo? Jesus responde com uma parábola que quebra fronteiras culturais e religiosas. O sacerdote e o levita, homens considerados “religiosos”, ignoram o homem ferido. Já o samaritano — alguém considerado estrangeiro e impuro — é quem revela o verdadeiro rosto de Deus: compaixão activa.

Neste gesto concreto de misericórdia, Jesus mostra que o amor ao próximo não se limita a laços de sangue, cultura ou religião. O próximo não é quem se parece comigo, mas quem precisa de mim — e a quem eu me torno próximo quando me deixo tocar pela dor do outro. A compaixão não é um sentimento, é uma decisão de agir. O samaritano não só vê, como se aproxima, trata, carrega, cuida, paga e compromete-se a voltar. Amar é isso: assumir a fragilidade do outro como se fosse minha.

Na vida cristã, esta parábola é um espelho. Quantas vezes passamos ao lado de pessoas feridas: um vizinho isolado, um idoso esquecido, alguém em sofrimento emocional ou espiritual? Jesus interpela-nos a ver, parar e cuidar. A verdadeira fé é aquela que se traduz em misericórdia encarnada, que transforma a estrada da vida num espaço de salvação e comunhão.

A resposta à pergunta “que devo fazer para herdar a vida eterna?” é clara: amar a Deus e amar concretamente o próximo. Jesus diz-nos: «Então vai, e faz o mesmo». Não basta saber, é preciso fazer. O amor cristão é sempre activo, visível, comprometido.


🙏 Oração

Senhor Jesus,
Tu que te fizeste próximo de cada um de nós,
ensina-me a ver com os Teus olhos,
a parar como o bom samaritano,
a cuidar sem medo de perder tempo ou conforto.
Dá-me um coração sensível à dor dos outros
e mãos prontas para servir.
Que o amor ao próximo seja o caminho para Te encontrar.
Ámen.


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.alte quando encontrar um buraco.

if buraco_a_frente():
    saltar()
andar_em_frente()

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07 06 DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM

Liturgia diária

2025-07-06

  1. DOMINGO XIV DO TEMPO COMUM

L 1 Is 66, 10-14c; Sl 65 (66), 1-3a. 4-5. 6-7a. 16 e 20
L 2 Gl 6, 14-18
Ev Lc 10, 1-12. 17-20 ou Lc 10, 1-9

Ano C

Imagem sugerida Dois discípulos a caminhar juntos por um caminho rural, com rostos serenos, de mãos estendidas, enquanto uma pomba branca sobrevoa uma casa ao longe — símbolo da paz e da missão.

EVANGELHO – Lc 10, 1-12.17-20
«A vossa paz repousará sobre eles»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, designou o Senhor setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. E dizia-lhes: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide: Eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa nem alforge nem sandálias, nem vos demoreis a saudar alguém pelo caminho. Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa’. E se lá houver gente de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comei e bebei do que tiverem, que o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: ‘Está perto de vós o reino de Deus’. Mas quando entrardes nalguma cidade e não vos receberem, saí à praça pública e dizei: ‘Até o pó da vossa cidade que se pegou aos nossos pés sacudimos para vós. No entanto, ficai sabendo: Está perto o reino de Deus’. Eu vos digo: Haverá mais tolerância, naquele dia, para Sodoma do que para essa cidade». Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria, dizendo: «Senhor, até os demónios nos obedeciam em teu nome». Jesus respondeu-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago. Dei-vos o poder de pisar serpentes e escorpiões e dominar toda a força do inimigo; nada poderá causar-vos dano. Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem; alegrai-vos antes porque os vossos nomes estão escritos nos Céus».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Este Evangelho apresenta-nos Jesus a enviar os setenta e dois discípulos como precursores da Sua presença. Eles são os mensageiros da paz e do Reino de Deus. Esta missão é um sinal claro de que o Evangelho não é uma experiência privada, mas uma mensagem a ser levada, partilhada, anunciada.
Jesus envia-os dois a dois, mostrando que a missão nunca é solitária. A evangelização faz-se em comunhão, em fraternidade. Somos enviados com os outros e para os outros, e o fruto nasce no encontro. A ordem de não levar bolsa, alforge ou sandálias convida-nos à confiança total na providência divina. Quem evangeliza deve ir leve, livre, desapegado, para que nada atrapalhe a fluidez do Espírito.
Ao entrarem numa casa, os discípulos devem oferecer paz: “Paz a esta casa.” Esta não é uma saudação qualquer — é um dom espiritual. A paz é um sinal da presença do Reino. Se houver alguém que acolha essa paz, ela permanece. Caso contrário, volta para quem a ofereceu. Aqui está uma certeza reconfortante: todo o bem feito com amor, mesmo que não seja aceite, não se perde.
Jesus diz ainda: “Curai os enfermos… e dizei: ‘Está perto de vós o Reino de Deus.’” A missão inclui cuidado concreto e anúncio espiritual. Não basta pregar; é preciso curar feridas, tocar vidas, levar esperança.
Hoje, este envio prolonga-se em nós. Cada baptizado é chamado a ser portador de paz, mensageiro do Reino, construtor de esperança. Jesus continua a enviar-nos “como cordeiros para o meio de lobos”, mas com a força da Sua presença. Onde houver paz, amor e cuidado, o Reino de Deus está próximo.

Oração 

Senhor Jesus,
Tu que enviaste os discípulos como portadores da Tua paz,
faz de mim também um mensageiro do Teu Reino.
Dá-me um coração livre, confiante na Tua providência,
e mãos prontas para curar, acolher e servir.
Que eu leve a paz onde entrar,
e que essa paz repouse nos corações abertos ao Teu amor.
Mesmo quando não for acolhido,
faz com que a alegria da missão permaneça em mim,
porque sei que o meu nome está escrito nos Céus.
Ámen.

06 29 DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM

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Liturgia diária

 

Agenda litúrgica

2025-06-29

DOMINGO XIII DO TEMPO COMUM

SANTOS PEDRO E PAULO, apóstolos – SOLENIDADE
Vermelho – Ofício da solenidade. Te Deum.
Missa própria do dia, Glória, Credo, pf. dos apóstolos.

L 1 At 12, 1-11;

Sl 33, 2-3. 4-5. 6-7. 8-9

L 2 2Tm 4, 6-8. 17-18

Ev Mt 16, 13-19

07 05 Sábado da semana XIII

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-07-05

Sábado da semana XIII

Santa Maria no Sábado – MF
S. António Maria Zacarias, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 27, 1-5. 15-29; Sl 134 (135), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Mt 9, 14-17

Imagem sugerida
Uma mesa de casamento oriental, com o noivo (Jesus) sorridente ao centro, rodeado de convidados radiantes — mas com um cálice vazio em primeiro plano, símbolo da espera vigilante após a partida do Esposo.

EVANGELHO Mt 9, 14-17
«Podem os companheiros do esposo ficar de luto,
enquanto o esposo estiver com eles?»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, os discípulos de João Batistaforam ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Por que motivo nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Podem os companheiros do esposo ficar de luto, enquanto o esposo estiver com eles? Dias virão em que o esposo lhes será tirado: nesses dias jejuarão. Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo repuxa o vestido e o rasgão fica maior. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, os odres rebentam, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos e assim ambas as coisas se conservam».

Palavra da salvação.

Reflexão

Este Evangelho é uma revelação luminosa da identidade de Jesus: Ele é o Esposo, Aquele que veio desposar a humanidade com um amor total, fiel e irreversível. A imagem do Esposo vem do Antigo Testamento, onde Deus é apresentado como Aquele que ama o seu povo com zelo e paixão. Em Jesus, esse amor toma rosto e presença. Os discípulos não jejuam porque estão na festa do encontro com o Esposo — e na presença de Jesus, tudo se torna plenitude e alegria.

Mas Jesus também anuncia que virá o tempo da ausência, o tempo da dor e do silêncio — os dias em que o Esposo será tirado. É então que o jejum encontra sentido: não como um simples rito, mas como expressão da saudade, da espera e da preparação interior.

A segunda parte do Evangelho introduz duas imagens fortes: o remendo novo em pano velho e o vinho novo em odres velhos. Jesus está a alertar para a incompatibilidade entre a novidade do Reino e as estruturas antigas que já não suportam o novo dinamismo do amor de Deus. Ele não veio simplesmente aperfeiçoar o que existia — veio inaugurar algo radicalmente novo: uma nova relação com Deus baseada na intimidade, na misericórdia e na comunhão.

Esta Palavra convida-nos a discernir os tempos que vivemos. Estamos na presença do Esposo? Celebramos com alegria a Sua proximidade? Ou estamos no tempo da ausência, do jejum, da espera vigilante? E sobretudo: estamos a renovar os nossos “odres”, ou seja, os nossos corações, estruturas e atitudes para acolher o vinho novo do Evangelho?

Hoje é tempo de escolher: ou nos deixamos moldar por este amor novo que Jesus veio trazer, ou ficamos agarrados a formas antigas que já não contêm a alegria da fé.


Oração

Senhor Jesus, Esposo da minha alma,
Tu que vieste ao mundo para amar com um amor eterno,
ensina-me a saborear a Tua presença com alegria
e a viver a Tua ausência com esperança.
Faz de mim odre novo,
capaz de acolher o vinho novo da Tua Palavra e da Tua graça.
Que eu saiba jejuar com sentido e celebrar com fé,
esperando sempre o dia da Tua plenitude.
Ámen.


 

O7 04 Sexta-feira da semana XIII

2025-07-04

Sexta-feira da semana XIII in

S. Isabel de Portugal – MO
L 1 Gn 23, 1-4. 19 – 24, 1-8. 62-67; Sl 105 (106), 1-2. 3-4a. 4b-5
Ev Mt 9, 9-13

**Sugestão de imagem:** Uma representação artística clássica ou moderna de Jesus à mesa com Mateus e outros publicanos, mostrando o gesto acolhedor de Jesus, acompanhado por uma imagem pequena ou sobreposta de Santa Isabel distribuindo pão aos pobres, simbolizando a misericórdia prática na vida cristã.

EVANGELHO Mt 9, 9-13
«Não são os que têm saúde que precisam do médico.
Prefiro a misericórdia ao sacrifício»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus ia a passar, quando viu um homem chamado Mateus, sentado no posto de cobrança dos impostos, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Um dia em que Jesus estava à mesa em casa de Mateus, muitos publicanos e pecadores vieram sentar-se com Ele e os seus discípulos. Vendo isto, os fariseus diziam aos discípulos: «Por que motivo é que o vosso Mestre come com os publicanos e os pecadores?». Jesus ouviu-os e respondeu: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas sim os doentes. Ide aprender o que significa: ‘Prefiro a misericórdia ao sacrifício’. Porque Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho de Mateus 9, 9-13 apresenta-nos uma mensagem poderosa sobre a misericórdia de Deus e o chamamento adical de Jesus para seguirmos um caminho de amor e compaixão. Jesus chama Mateus, um cobrador de impostos — um homem desprezado pela sociedade da época — para ser seu discípulo. Ao aceitar este convite, Mateus abandona sua antiga vida e escolhe seguir Jesus, que não hesita em se sentar à mesa com publicanos e pecadores, mostrando que a misericórdia está acima do julgamento.

Este ensinamento encontra uma bela expressão na vida e obra de Santa Isabel de Portugal. Conhecida por sua caridade incansável, Santa Isabel dedicou-se a cuidar dos pobres, doentes e marginalizados da sua época, vivendo a misericórdia que Jesus proclama no Evangelho. Como rainha, poderia ter vivido uma vida de luxo e distância do sofrimento alheio, mas escolheu estar próxima dos necessitados, ajudando-os com amor e humildade. A sua vida é um testemunho concreto do que significa preferir a misericórdia ao sacrifício vazio — ela encarnou o amor prático e efetivo aos que mais precisavam.

Na nossa vida diária, somos chamados a imitar essa misericórdia. Muitas vezes julgamos os outros com facilidade ou nos fechamos em nossos próprios interesses, esquecendo que todos somos pecadores necessitados da graça de Deus. O convite de Jesus para seguirmos o caminho da misericórdia é um desafio para quebrarmos essas barreiras e praticarmos a compaixão ativa, acolhendo o outro com amor, sem preconceitos.

**Oração:**

Senhor Jesus, Tu que chamaste Mateus e abraçaste os pecadores com misericórdia infinita, ajuda-nos a viver esse amor em nosso dia a dia. Que possamos ser instrumentos da Tua compaixão, acolhendo os irmãos com coração aberto e sem julgamentos. Inspira-nos na vida de Santa Isabel de Portugal para sermos solidários e generosos com os mais necessitados. Ensina-nos a preferir sempre a misericórdia ao sacrifício vazio. Amém.

 

07 03 Quinta-feira da semana XIII

Liturgia diária
Agenda litúrgica
2025-07-03
Quinta-feira da semana XII li

S. Tomé, apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos apóstolos.

L 1 Ef 2, 19-22; Sl 116 (117), 1. 2
Ev Jo 20, 24-29

v**Sugestão de imagem:**
Uma representação artística do momento em que Tomé toca as feridas de Jesus, mostrando o olhar de surpresa misturado com adoração no rosto de Tomé, enquanto Jesus o acolhe com ternura. A imagem pode transmitir luz suave sobre as mãos abertas de Jesus, simbolizando o convite à fé e à confiança sem medo da dúvida.

EVANGELHO Jo 20, 24-29
«Meu Senhor e meu Deus!»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!».
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

O Evangelho de João 20, 24-29 apresenta-nos um momento profundamente humano e revelador na vida dos discípulos: a incredulidade de Tomé. Conhecido como Dídimo, que significa “gêmeo”, Tomé não estava presente quando Jesus ressuscitado apareceu aos outros discípulos. Quando estes lhe anunciam o encontro com o Senhor vivo, Tomé expressa uma dúvida firme: só acreditará se puder tocar as marcas dos cravos nas mãos e o ferimento no lado de Jesus.

Este episódio é fundamental para compreendermos a natureza da fé e da dúvida na experiência cristã. Tomé representa a atitude natural de muitos de nós diante do mistério divino: a necessidade de provas tangíveis para crer. Contudo, Jesus não rejeita esta dúvida; pelo contrário, Ele acolhe Tomé com paciência e compaixão, convidando-o a tocar suas feridas. Este gesto é um convite à intimidade e à confiança. Quando Tomé finalmente reconhece Jesus como “Meu Senhor e meu Deus!”, ele expressa uma fé plena e pessoal.

A resposta de Jesus a Tomé – “Felizes os que acreditam sem terem visto” – é uma mensagem que ecoa até hoje para todos nós. Vivemos num mundo onde muitas vezes se exige evidência concreta para acreditar em algo transcendente. Porém, a fé cristã convida-nos a acreditar no invisível, a confiar na Palavra de Deus mesmo quando não podemos ver diretamente.

Na nossa vida cristã, este Evangelho desafia-nos a reconhecer as nossas próprias dúvidas sem medo, sabendo que Jesus nos acompanha pacientemente. Ele nos chama a uma fé madura, que não depende apenas da certeza física, mas da confiança profunda no seu amor e presença constante.

**Oração:**

Senhor Jesus, Tu que acolheste a dúvida de Tomé com amor e paciência, ajuda-me a confiar em Ti mesmo quando não vejo claramente o caminho. Fortalece minha fé para que eu possa reconhecer-Te em todos os momentos da minha vida e proclamar com coragem: “Meu Senhor e meu Deus!”. Que eu seja capaz de acreditar sem ter visto, sustentado pela certeza do Teu amor eterno. Amém.

 

07 02 Quarta-feira da semana XIII

Quarta-feira da semana XIII
L 1 Gn 21, 5. 8-20; Sl 33 (34), 7-8. 10-11. 12-13

**Sugestão de imagem:**

Uma representação artística de Jesus junto ao lago com os dois homens endemoninhados livres ao seu lado, enquanto ao fundo se vêem os porcos precipitando-se pelo despenhadeiro. A imagem pode transmitir luz vindo de Jesus iluminando aqueles homens, simbolizando a libertação do mal pela luz divina.

 

EVANGELHO Mt 8, 28-34
«Vieste aqui atormentar os demónios antes do tempo»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus
Naquele tempo, quando Jesus chegou à região dos gadarenos, na outra margem do lago, vieram ao seu encontro, saindo dos túmulos, dois endemoninhados. Eram tão furiosos que ninguém se atrevia a passar por aquele caminho. E disseram aos gritos: «Que tens que ver connosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?». Ora, perto dali, andava a pastar uma grande vara de porcos. Os demónios suplicavam a Jesus, dizendo: «Se nos expulsas, manda-nos para a vara de porcos». Jesus respondeu-lhes: «Então ide». Eles saíram e foram para os porcos. Então os porcos precipitaram-se pelo despenhadeiro abaixo e afogaram-se no lago. Os guardadores fugiram e foram à cidade contar tudo o que acontecera, incluindo o caso dos endemoninhados. Toda a cidade saiu ao encontro de Jesus. Quando O viram, pediram-Lhe que Se retirasse do seu território.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Este episódio do Evangelho de Mateus, em que Jesus expulsa os demónios dos endemoninhados gadarenos, é uma poderosa manifestação da autoridade divina sobre as forças do mal. Jesus não apenas liberta aqueles homens atormentados, mas também revela antecipadamente a vitória definitiva que virá com a sua Paixão, Morte e Ressurreição — o Mistério Pascal que trará a redenção e a libertação total da humanidade.

Os demónios reconhecem Jesus como o Filho de Deus e temem o seu poder, perguntando se Ele veio “atormentar antes do tempo”. Esta expressão sugere que Jesus está adiantando a derrota do mal, um sinal do juízo final que virá, mas que já começa a realizar-se aqui e agora na vida daqueles que se entregam a Ele. A expulsão dos espíritos malignos para os porcos e a subsequente queda destes no lago simbolizam a destruição do domínio demoníaco e o início de uma nova vida para os endemoninhados — uma vida de liberdade e dignidade restauradas.

No entanto, o medo e a incompreensão dos habitantes da cidade revelam como muitas vezes resistimos à ação transformadora de Deus na nossa vida. Eles pedem que Jesus se retire, preferindo o conforto daquilo que conhecem, mesmo que seja uma situação de opressão ou medo. Este contraste desafia-nos a refletir sobre as áreas das nossas próprias vidas onde resistimos à libertação e transformação oferecidas por Cristo.

**Conclusão para nossa vida cristã:** Somos chamados a reconhecer Jesus como Senhor da nossa existência e permitir que Ele nos liberte das “prisões” interiores — sejam medos, vícios ou mágoas — confiando na Sua vitória sobre o mal. Como os endemoninhados libertos, somos convidados a experimentar essa nova vida em plenitude e a testemunhar com coragem essa libertação, mesmo que isso possa causar estranheza ou rejeição no mundo.

**Oração:**

Senhor Jesus, Tu és o Filho de Deus poderoso, que vence as trevas e liberta os cativos. Ajuda-nos a confiar em Teu poder libertador para vencer as nossas prisões interiores. Dá-nos coragem para seguir-Te sem medo, mesmo quando o caminho é difícil ou incompreendido pelos outros. Que o Teu Espírito Santo transforme o nosso coração e nos conduza à verdadeira liberdade em Ti. Amém.

 

07 01 terça feira da Semana XIII

 

Agenda litúrgica
2025-07-01

Terça-feira da semana XIII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Gn 19, 15-29; Sl 25 (26), 2-3. 9-10. 11-12
Ev Mt 8, 23-27

07 02  Mt 8, 23-27 Terça «Levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar

e fez-se grande bonança»

**Sugestão de imagem:**   Uma pintura ou fotografia de um barco pequeno enfrentando uma tempestade no mar, com Jesus calmo no centro do barco enquanto as ondas violentas se agitam ao redor — simbolizando a paz que Ele traz em meio ao caos.8

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus

Naquele tempo, Jesus subiu para o barco e os discípulos acompanharam-n’O. Entretanto, levantou-se no mar tão grande tormenta que as ondas cobriam o barco. Jesus dormia. Aproximaram-se os discípulos e acordaram-n’O, dizendo: «Salva-nos, Senhor, que estamos perdidos». Disse-lhes Jesus: «Porque temeis, homens de pouca fé?». Então levantou-Se, falou imperiosamente ao vento e ao mar e fez-se grande bonança. Os homens ficaram admirados e disseram: «Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Palavra da salvação.

 

Reflexão

O Evangelho de Mateus (8, 23-27) apresenta nos uma cena poderosa e cheia de significado: Jesus e os discípulos enfrentando uma tempestade no mar. Enquanto o barco é sacudido por ondas violentas, Jesus dorme tranquilo. Os discípulos, apavorados, clamam por ajuda, e Jesus repreende o medo e a falta de fé deles, acalmando a tempestade com Sua palavra. Este episódio revela a profunda verdade de que, mesmo nas tempestades da vida — sejam elas problemas pessoais, dúvidas ou sofrimentos — Jesus está presente, mesmo que às vezes pareça estar “adormecido”. A nossa fé é testada quando enfrentamos crises; é fácil sermos “homens de pouca fé”, esquecendo que o Senhor controla tudo.
Para nós hoje, esta passagem é um convite à confiança plena em Deus. Em momentos difíceis, não devemos sucumbir ao medo ou à angústia, mas lembrar que Jesus tem poder sobre todas as forças que ameaçam a nossa paz. Ele nos chama a despertar para essa presença contínua e salvadora.

**Oração:**
Senhor Jesus, Tu que acalmaste o mar e o vento com Tua palavra poderosa, fortalece a minha fé nas tempestades da vida. Quando o medo me assaltar, lembra-me que Tu estás sempre presente e pronto a salvar-me. Que eu confie em Ti sem hesitar e viva com coragem e serenidade. Amém.

 

 

06 30 Segunda-feira da semana XIII

Liturgia diária

Agenda litúrgica

2025-06-30

Segunda-feira da semana XIII

Primeiros Santos Mártires da Igreja de Roma – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória
(Semana I do Saltério).
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

An image of a person walking alone on a winding path through a misty forest or mountain trail — symbolising the uncertainty of the journey — with a faint light ahead representing Christ's presence and call.

L 1 Gn 18, 16-33; Sl 102 (103), 1-2. 3-4. 8-9. 10-11
Ev Mt 8, 18-22

**Segunda-feira da semana XIII do Tempo Comum**

**Leituras: Gn 18, 16-33; Sl 102 (103); Mt 8, 18-22**

**Introdução ao espírito da celebração
Iniciamos esta celebração com espírito de escuta e entrega. Deus vem ao nosso encontro como amigo próximo e interpelador. Abraão ensina-nos a interceder com ousadia; Jesus, a segui-Lo com decisão. Que o Senhor nos conceda coragem para renunciar ao comodismo e acolher o desafio de O seguir sem hesitações..

.**Palavra: mensagem e aplicação prática **

Abraão mostra um coração atento e compassivo, intercedendo por Sodoma com insistência humilde. O seu diálogo com Deus revela-nos a força da oração confiante e o valor da justiça.

O salmista recorda-nos a ternura de Deus, lento para a ira, rico em misericórdia.

No Evangelho, Jesus confronta os seus discípulos com as exigências radicais do seguimento. Não há lugar para meias medidas: segui-Lo é deixar tudo, inclusive o conforto e os laços mais próximos.

Hoje, somos convidados a colocar Cristo acima das nossas seguranças e prioridades. Seguir Jesus exige prontidão, desapego e total confiança na Sua presença..

. **Palavras apelativas finais .**

Segue Jesus com o coração livre. Não adies a tua entrega. Hoje é o tempo da decisão. Acolhe o desafio, confia no Mestre e deixa que Ele conduza a tua vida.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus Mt 8, 18-22

 «Segue-Me»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO 

“Segue-Me.” Com esta palavra simples e exigente, Jesus revela o coração da vocação cristã. Seguir Jesus não é uma adesão teórica a uma doutrina, mas um compromisso vital com a Sua pessoa. É uma decisão radical que implica deixar para trás as seguranças, os afectos e até as prioridades mais sagradas da vida.

Quando o escriba se aproxima e diz: “Mestre, seguir-Te-ei para onde fores”, Jesus não se deixa levar pelo entusiasmo das palavras. Ele responde com realismo: “O Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” Seguir Jesus é caminhar com Aquele que fez da pobreza e da entrega total o Seu caminho. Não há promessas de conforto ou estabilidade, mas a certeza de uma vida plena de sentido.

Ao segundo homem, que quer primeiro sepultar o pai, Jesus responde com uma frase que pode parecer dura: “Deixa que os mortos sepultem os seus mortos.” Mas aqui está em jogo algo mais profundo: Jesus pede prioridade absoluta. O seguimento não pode ficar para depois. Não se trata de desrespeito pelas obrigações familiares, mas da urgência do Reino. Jesus é o Senhor da vida, e quem O segue entra numa dinâmica nova, onde tudo é relativizado à luz do chamamento divino.

Este Evangelho provoca-nos. Com que facilidade colocamos condições ao seguimento de Cristo! “Sim, Senhor, mas primeiro…” Jesus não aceita meias medidas. A fé cristã é um “sim” inteiro, confiado, disponível. Ser discípulo é deixar-se conduzir por Ele, mesmo sem saber exactamente o caminho.

Hoje, somos convidados a escutar de novo o apelo: “Segue-Me.” Que resposta damos? Estamos dispostos a seguir Jesus mesmo quando não há certezas, quando isso nos custa?

Oração

Senhor Jesus,
chamas-me a seguir-Te com liberdade e confiança.
Dá-me coragem para deixar tudo o que me prende
e caminhar Contigo,
mesmo sem saber onde me levas.
Faz do meu coração um espaço aberto à Tua vontade.
Ámen.

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LEITURA I (anos ímpares) Gn 18, 16-33
«Irás destruir o justo com o pecador?»

A célebre visita de Deus a Abraão é acompanhada das maiores promessas e revelações da parte de Deus e das mais belas atitudes de coração da parte de Abraão. Deus revela-Se “amigo dos homens”, como, de maneira especial, gostam de Lhe chamar os cristãos da Igreja oriental, fiel à sua aliança, clemente e pronto a atender a súplica de quem O invoca, e a perdoar os pecados dos homens. Abraão continua a ser o homem cheio de fé, hospitaleiro, amigo dos pecadores, para quem implora o perdão de Deus.

Leitura do Livro do Génesis
Naqueles dias, os homens que tinham estado com Abraão, junto do Carvalho de Mambré, levantaram-se e dirigiram o seu olhar para Sodoma. Abraão ia com eles, para se despedir. Disse o Senhor: «Deverei ocultar a Abraão o que tenciono fazer? Ele será, na verdade, a origem de uma nação grande e poderosa e nele serão abençoadas todas as nações da terra. Porque Eu o escolhi para ordenar a seus filhos e aos seus descendentes que sigam o caminho do Senhor, praticando a justiça e o direito. Assim realizará o Senhor tudo o que prometeu a Abraão». Disse então o Senhor: «O clamor contra Sodoma e Gomorra é tão forte, o seu pecado é tão grave que Eu vou descer para verificar se o clamor que chegou até Mim corresponde inteiramente às suas obras. Se sim ou não, hei de sabê-lo». Os homens que tinham vindo à residência de Abraão dirigiram-se então para Sodoma, enquanto o Senhor continuava junto de Abraão. Este aproximou-se e disse: «Ireis destruir o justo com o pecador? Talvez haja cinquenta justos na cidade. Matá-los-eis a todos? Não perdoareis a essa cidade, por causa dos cinquenta justos que nela residem? Longe de Vós fazer tal coisa: dar a morte ao justo e ao pecador, de modo que o justo e o pecador tenham a mesma sorte! Longe de Vós! O juiz de toda a terra não fará justiça?» O Senhor respondeu-lhe: «Se encontrar em Sodoma cinquenta justos, perdoarei a toda a cidade por causa deles». Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruireis toda a cidade?» O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez se encontrem nela só quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá somente trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez haja lá somente vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez haja lá somente dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade». Quando acabou de falar a Abraão, o Senhor retirou-Se; e Abraão voltou para a sua tenda.
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 102 (103), 1-2.3-4.8-9.10-11 (R. 8a)
Refrão: O Senhor é clemente e cheio de compaixão. Repete-se
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e todo o meu ser bendiga o seu nome santo.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças nenhum dos seus benefícios. Refrão

Ele perdoa todos os teus pecados
e cura as tuas enfermidades.
Salva da morte a tua vida
e coroa-te de graça e misericórdia. Refrão

O Senhor é clemente e compassivo,
paciente e cheio de bondade.
Não está sempre a repreender
nem guarda ressentimento. Refrão

Não nos tratou segundo os nossos pecados
nem nos castigou segundo as nossas culpas.
Como a distância da terra aos céus,
assim é grande a sua misericórdia
para os que O temem. Refrão

ALELUIA cf. Salmo 94 (95), 8ab
Refrão: Aleluia Repete-se

Se hoje ouvirdes a voz do Senhor,
não fecheis os vossos corações. Refrão

EVANGELHO Mt 8, 18-22
«Segue-Me»

Os caminhos de Deus não se podem descobrir pela nossa imaginação ou pelos nossos caprichos, mais ou menos bem intencionados. Eles revelam-se nos caminhos da própria vida, trilhados com retidão. É por aí que o Senhor nos conduz e nos estimula a avançarmos. E, no fim de tudo, um só é o ideal do discípulo de Cristo: segui-l’O pois que Ele disse de Si mesmo: «Eu sou o Caminho».

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».
Palavra da salvação.