08 12 Mt 17,14-19 Sábado Se tivésseis fé, nada vos seria impossível.
O poder da fé
EVANGELHO Mt 17, 14-20
«Se tiverdes fé, nada vos será impossível»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, aproximou-se de Jesus um homem, que se ajoelhou diante d’Ele e Lhe disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho, porque é epiléptico e sofre muito; cai frequentemente no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo». Jesus respondeu: «Oh geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando terei de vos suportar? Trazei-mo aqui». Jesus ameaçou o demónio, que saiu do menino e este ficou curado a partir daquele momento. Então os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe em particular: «Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?». Jesus respondeu-lhes: «Por causa da vossa pouca fé. Em verdade vos digo: se tiverdes fé comparável a um grão de mostarda, direis a este monte: ‘Muda-te daqui para acolá’, e ele há-de mudar-se. E nada vos será impossível».
Palavra da salvação.
REFLEXÃO
O Evangelho de Mateus, capítulo 17, versículos 14 a 20, apresenta um episódio que nos ensina sobre a importância da fé e como ela pode ser poderosa na nossa peregrinação espiritual. Um pai angustiado aproxima se de Jesus, implorando-lhe que tenha compaixão por seu filho epiléptico, que sofre terrivelmente, caindo frequentemente no fogo e na água. O pai já havia recorrido aos discípulos de Jesus para a cura, mas eles não conseguiram ajudar.
A reação inicial de Jesus é de frustração com a falta de fé daquela geração. Ele expressa sua decepção diante de uma multidão que constantemente busca milagres sem compreender a verdadeira essência da fé. A incredulidade e perversidade das pessoas ao redor de Jesus entristecem no profundamente. Contudo, mesmo diante dessa desilusão, ele não se fecha para a súplica do pai, mas pede que tragam o menino até ele.
Jesus, movido por sua compaixão inigualável, enfrenta o demônio que atormenta o jovem, expulsando-o e concedendo-lhe a cura imediata. A cena é marcada pela demonstração do poder de Jesus sobre as forças malignas, mas também nos mostra como a fé é essencial para experimentarmos as graças divinas. A cura do menino é resultado não apenas do poder de Jesus, mas também da fé confiante do pai, que reconhece a autoridade de Jesus sobre todo mal.
Mais tarde, quando os discípulos perguntam a Jesus por que eles não conseguiram expulsar o demônio, ele responde realçando a importância da fé verdadeira. Com uma metáfora, Jesus mostra que mesmo uma fé pequena, como um grão de mostarda, pode mover montanhas e superar aparentes impossibilidades. Não é a quantidade da fé que importa, mas sua autenticidade e profundidade.
A fé verdadeira liga-nos ao coração de Deus, capacitando-nos a viver uma vida cristã autêntica. Permite-nos vencer nossas próprias fraquezas, medos e dúvidas, confiando em Deus e em sua misericórdia. No entanto, assim como os discípulos enfrentaram desafios em sua fé, também nós, em nossos tempos, podemos nos deparar com momentos de questionamento e incerteza. É natural que tenhamos dúvidas em nossa caminhada de fé, mas é crucial enfrentá-las com coragem e buscar uma fé que não vacile.
A fé genuína não elimina todas as dificuldades, mas dá nos a certeza de que, mesmo diante dos obstáculos da vida, não estamos sozinhos. Podemos contar com o amor e a presença de Deus, que está sempre ao nosso lado, mesmo nos momentos de escuridão. Ele convida nos a confiar nele e a entregar nossa vida nas suas mãos, sabendo que sua vontade é sempre boa e perfeita.
ORAÇÃO
Obrigado, Pai, porque no evangelho Jesus mostra-nos hoje o poder da fé suplicante. Invadem-nos, Senhor, as trevas da incredulidade e aflige-nos a nossa obsessão de segurança.
Temos medo de acreditar e de confiarmos em Vós. Mas não vos canseis, Senhor, da nossa fé mesquinha. Concedei-nos ao menos um grãozinho de fé autêntica, para dar passagem às vossas maravilhas na nossa vida.
Fazei, Senhor, que vosso amor desperte a nossa fé
e concedei-lhe a qualidade e profundidade que vós quereis. Senhor, Nós cremos, mas aumentai a nossa fé!