- Video sobre Santa Teresa
*Entrevista com Santa Teresa de Ávila: A Santa Guerreira de Deus**
*Contexto:* O ambiente é um jardim em Ávila, Espanha. Uma brisa suave acaricia as flores e árvores, enquanto o céu azul parece refletir a paz que Santa Teresa sempre buscou em sua alma. No entanto, sob essa serenidade, foi travada uma verdadeira batalha espiritual. É nesse cenário que Peregrino Tof se encontra com Santa Teresa, com o intuito de desvelar a história e o coração desta grande reformadora da Igreja.
**Peregrino Tof:** Boa tarde, Santa Teresa! É uma honra conversar com a senhora. Celebramos hoje a sua memória, mas o que muita gente talvez não saiba é como a sua história começou. Poderia nos contar um pouco da sua meninice?
**Santa Teresa:** Boa tarde, Peregrino! (Ela sorri.) Ah, a meninice… Nasci em 1515, em Ávila. Desde cedo, fui uma menina cheia de sonhos! Dizem que eu tinha um coração aventureiro. Quando pequena, até tentei fugir de casa com meu irmão para sermos mártires na terra dos mouros. Tínhamos sete ou oito anos e queríamos encontrar o Céu rapidamente, sem esperar. Claro, nossa escapadela não foi muito longe. Fomos encontrados logo (risos), mas ali começou meu desejo de viver para Deus. No entanto, minha vida teve muitas curvas antes de eu realmente entender o que significava caminhar com Ele.
**Peregrino Tof:** Parece que desde pequena a senhora já tinha essa chama ardendo em seu coração! E, mais tarde, quando decidiu entrar para o Carmelo, essa decisão foi fácil? A senhora já sabia que o caminho seria difícil?
**Santa Teresa:** (Risos.) Fácil? Meu querido Peregrino, o caminho para escalar a montanha do Senhor nunca é fácil! Quando entrei no Carmelo, esperava uma vida de oração tranquila, mas o que encontrei foi uma Ordem muito relaxada em suas práticas. Havia muitas distrações e o silêncio que eu tanto ansiava para ouvir a voz de Deus era raro. Então, decidi que algo precisava mudar.
**Peregrino Tof:** Essa foi a semente da grande reforma que a senhora promoveu na Ordem do Carmo. Mas as dificuldades logo surgiram, certo?
**Santa Teresa:** Oh, sim! Foram muitas as batalhas. Primeiro, dentro da própria Ordem. Imagine, eu, uma mulher, dizendo a homens que precisávamos voltar à austeridade! Muitos membros estavam acomodados com o estilo de vida que tinham, mais confortável, e não queriam abrir mão de certos luxos. Eu queria trazer de volta a simplicidade, a oração profunda, o isolamento do mundo. Ora, isso não foi bem recebido por muitos. (Ela faz uma pausa, pensativa.) Chegaram até a me chamar de rebelde, imagine só!
**Peregrino Tof:** Rebelde?
**Santa Teresa:** Sim, por ser mulher e propor mudanças tão radicais. Naquela época, as mulheres não tinham muita voz nas decisões da Igreja. Eu fui vista como alguém que estava “ultrapassando meus limites”. Mas não era por orgulho ou rebeldia, Peregrino, era o amor profundo a Deus que me movia. Eu sabia que Ele me chamava a essa missão.
**Peregrino Tof:** A senhora enfrentou oposição de dentro e de fora da Ordem. Como foi lidar com as críticas da sociedade e até mesmo de autoridades eclesiásticas?
**Santa Teresa:** Ah, isso foi um fardo pesado, mas eu tinha uma arma secreta. Quer saber qual era? A oração! A oração, meu amigo, era minha força. (Ela ri, com um brilho no olhar.) Quando ouvia críticas e sentia que o mundo estava contra mim, eu me ajoelhava e dizia: “Senhor, se esta obra é Tua, leva-a adiante. Se não, deixa-a cair.” E sabe o que acontecia? As portas se abriam! Mesmo quando bispos e outros líderes tentavam impedir as fundações dos conventos reformados, Deus sempre dava um jeito de continuar a obra.
**Peregrino Tof:** E em relação às suas próprias limitações? A senhora teve muitos problemas de saúde, não é?
**Santa Teresa:** Oh, sim! (Ela suspira.) Tive doenças que me deixaram de cama por longos períodos. E, claro, isso era um teste. Perguntava a Deus por que Ele me deixava doente quando havia tanto a ser feito. Mas, no meio da dor, aprendi a confiar ainda mais n’Ele. Eu dizia: “Senhor, se não posso trabalhar, que minha doença também sirva para Tua glória.” No final das contas, até a fraqueza física foi uma escola de humildade e fé.
**Peregrino Tof:** A senhora fala com uma leveza e humor incríveis sobre essas dificuldades. Isso fez parte da sua caminhada?
**Santa Teresa:** Sem dúvida! (Ela ri.) Deus gosta de um bom senso de humor. Lembro-me de um dia em que, depois de tantos problemas e dificuldades, olhei para o céu e disse: “Senhor, se tratas assim os teus amigos, não me admira que tenhas tão poucos!” Mas eu sabia que tudo fazia parte da formação que Ele estava me dando. Para escalar a montanha do Senhor, é preciso ter coragem, mas também um coração leve, confiando que Deus cuida de cada passo.
**Peregrino Tof:** Então, mesmo com incompreensão, isolamento, perseguições e a constante falta de recursos, a senhora nunca desistiu?
**Santa Teresa:** Não, Peregrino, não desisti. Não podia. Havia algo muito maior do que eu em jogo. Deus me chamava e, mesmo quando eu não via como continuar, Ele me abria um caminho. Eu dizia sempre: “Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta.”
**Peregrino Tof:** Uma última pergunta, Santa Teresa: Qual conselho daria àqueles que hoje enfrentam grandes desafios e têm medo de continuar sua caminhada de fé?
**Santa Teresa:** (Ela sorri, com ternura.) Digo-lhes: tenham coragem! A jornada é dura, sim, mas Deus está sempre ao nosso lado, e Ele dá a graça necessária para suportar cada batalha. Sejam pessoas de oração. Falem com Ele como falam com um amigo íntimo. E nunca se esqueçam: ao final de cada tempestade, há uma luz maior do que podemos imaginar. Se escalar a montanha de Deus é difícil, a vista lá de cima é gloriosa!
*Peregrino Tof:* Obrigado, Santa Teresa, por esta conversa inspiradora. Que suas palavras nos ajudem a sermos também guerreiros de Deus, confiando no Seu amor e graça.
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—A entrevista termina com um sorriso cúmplice entre Peregrino Tof e Santa Teresa, lembrando-nos que, apesar das lutas, o caminho de Deus é repleto de amor, humor e esperança.
Entrevista poema video
Poema a Santa Teresa de Ávila
Peregrino, eu me chamo, e com fé vou seguir,
À montanha de Deus, meu destino a perseguir.
Teresa me guia, com coragem e ardor,
Mostra o caminho, entre pedras e dor.
Desde menina, queria o céu alcançar,
E com o irmão, pensou até em martirizar.
Mas foi no Carmelo, com véu e oração,
Que a chama divina lhe tomou o coração.
“A Ordem precisa voltar ao começo,
Renúncia e silêncio, é isso que peço!”
Mas muitos, acomodados, riram da ideia,
Diziam que Teresa estava bem “louca” e cheia.
Perseguições vieram, críticas sem fim,
“Ela é rebelde, isso vai acabar ruim!”
Mas Teresa, com um sorriso e firmeza,
Respondia com fé, humildade e destreza.
“Ah, Senhor, se tratas assim os amigos,
Com certeza terás muito poucos contigo!”
Ria da dor, e ria do chão,
Pois sua força vinha só da oração.
Bispos, clérigos, diziam “não!”
Ela orava e Deus lhe abria a mão.
“Se esta obra é Tua, então será feita,
Se não, caia ao chão, eu aceito a receita!”
Doente e cansada, mas sempre a lutar,
Sem recursos, sem forças, só a confiar.
Nada lhe espanta, nada perturba,
Quem a Deus tem, em paz sempre turba.
Eis o conselho de Teresa, a guerreira:
Escalem a montanha com fé verdadeira.
Quem ama a Deus não teme a estrada,
Pois no fim, é Ele quem guarda a jornada.
Só Deus basta, ela sempre dizia,
E mesmo em prantos, mantinha alegria.
Santa Teresa, mulher forte e leal,
És, para nós, um farol sem igual!
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dictof@gmail.com