04 02 Ser Testemunha

Que possamos, como Maria Madalena, encontrar a presença viva de Jesus em nossas vidas e sermos testemunhas credíveis do Seu amor e misericórdia.

.Que nous puissions, comme Marie Madeleine, trouver la présence vivante de Jésus dans nos vies et être des témoins crédibles de Son amour et de Sa miséricorde.

. May we, like Mary Magdalene, find the living presence of Jesus in our lives and be credible witnesses of His love and mercy.

04  03 Lc 24, 13-35 Quarta Os discípulos de Jesus

04  03 Lc 24, 13-35 Quarta Os discípulos de Jesus

Momento Catequético: Quarta-feira na Oitava da Páscoa , Lc 24, 13-35 -  Diocese de São Carlos

EVANGELHO Lc 24, 13-35

«Reconheceram-n’O ao partir o pão»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Dois dos discípulos de Jesus iam a caminho duma povoação chamada Emaús, que ficava a duas léguas de Jerusalém. Conversavam entre si sobre tudo o que tinha sucedido. Enquanto falavam e discutiam, Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Mas os seus olhos estavam impedidos de O reconhecerem. Ele perguntou-lhes: «Que palavras são essas que trocais entre vós pelo caminho?» Pararam, com ar muito triste, e um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único habitante de Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias». E Ele perguntou: «Que foi?» Responderam-Lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; e como os príncipes dos sacerdotes e os nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e crucificado. Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de libertar Israel. Mas, afinal, é já o terceiro dia depois que isto aconteceu. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos sobressaltaram: foram de madrugada ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus e vieram dizer que lhes tinham aparecido uns Anjos a anunciar que Ele estava vivo. Alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas a Ele não O viram». Então Jesus disse-lhes: «Homens sem inteligência e lentos de espírito para acreditar em tudo o que os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer tudo isso para entrar na sua glória?» Depois, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicou-lhes em todas as Escrituras o que Lhe dizia respeito. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de seguir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconhe¬¬ceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Neste relato aparecem dois discípulos que no caminho de Jerusalém para Emaús descobrem lenta e progressivamente Jesus Ressuscitado que se revela através da Escritura, da Eucaristia e da Comunidade.

A leitura cristológica da Escritura foi o caminho iniciado por Jesus para os fazer crescer na Fé “E começando por Moisés e seguindo pelos profetas, explicou-lhes o que se referia a Ele em toda a Escritura”

Sentindo o coração a arder de alegria interior convidam o estranho a pernoitar com eles em Emaús. Aí Jesus dá-se a conhecer na fração do pão. E, sentado à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e deu-lho. Abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-no. Mas ele desapareceu”.

“Levantaram-se naquele momento e voltaram a Jerusalém, onde encontraram reunidos os onze e seus companheiros”. Mas tinham aprendido uma lição fundamental, extensiva a todos os cristãos: Cristo ressuscitado continua presente entre eles, no meio da comunidade, de uma maneira nova e certa, pela fé que nasce da sua palavra e do seu pão.

Reunidos à comunidade de Jerusalém celebram a alegria da descoberta partilhando a sua experiência pessoal do Senhor ressuscitado. O seu testemunho de fé faz eco na comunidade, que repete em coro: “É verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão. E eles contaram o que se tinha passado no caminho e como o tinham reconhecido no partir do pão”.

Esta encantadora narração reproduz a estrutura da celebração da Eucaristia: Jesus no meio dos seus; a palavra das Escrituras; Moisés (a Lei) e os Profetas ; a explicação (homilia) que desvenda o sentido das mesmas Escrituras; por fim, a “Fracção do pão”, a celebração da Eucaristia…

Assim como na narrativa de Emaús, a celebração da Eucaristia é uma oportunidade para Jesus se tornar presente no meio de seus discípulos. A palavra das Escrituras é proclamada e explicada, e a Fracção do pão é a oportunidade para os fiéis reconhecerem a presença real de Jesus na Eucaristia.. Da mesma forma que os discípulos de Emaús reconheceram Jesus durante a refeição, nós também podemos reconhecê-Lo na Eucaristia, onde Ele se faz presente de maneira real e substancial.

ORAÇÃO

Senhor, abri os olhos do espírito para que vos possamos procurar e reconhecer como Deus da nossa Vida. Obrigado, Senhor, porque nos permitis reconhecer-vos na vossa palavra, na Eucaristia e nos irmãos.

04 02 Jo 20, 11-18 Terça Maria Madalena foi anunciar que viu o Senhor

04 02 Jo 20, 11-18 Terça Maria Madalena foi anunciar que viu o Senhor

SHALOM !!!🙏🔥🌻QUEM COMO DEUS! NINGUÉM COMO DEUS! on X: "⏰1 MIN C/DEUS  ☁BOA TARDE ! FELIZ PÁSCOA 🐇!CRISTO RESSUSCITOU ALELUIA ALELUIA!!! Vms  JTOS✊LER E REFLETIR NO❤O Q JESUS DIZ HJ NO EVANGELHO📖Jo

EVANGELHO Jo 20, 11-18

«Vi o Senhor e disse-me…»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Maria Madalena estava a chorar junto do sepulcro. Enquanto chorava, debruçou-se para dentro do sepulcro e viu dois Anjos vestidos de branco, sentados, um à cabeceira e outro aos pés, onde estivera deitado o corpo de Jesus. Os Anjos perguntaram a Maria: «Mulher, porque choras?» Ela respondeu- lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, sem saber que era Ele. Disse-lhe Jesus: «Mulher, porque choras? A quem procuras?» Pensando que era o jardineiro, ela respondeu-Lhe: «Senhor, se foste tu que O levaste, diz-me onde O puseste, para eu O ir buscar». Disse-lhe Jesus: «Maria!» Ela voltou-se e respondeu em hebraico: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Jesus disse-lhe: «Não Me detenhas, porque ainda não subi para o Pai. Vai ter com os meus irmãos e diz-lhes que vou subir para o meu Pai e vosso Pai, para o meu Deus e vosso Deus». Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor». E contou-lhes o que Ele lhe tinha dito.

Palavra da salvação. 

Reflexão sobre o Encontro de Maria Madalena com Jesus Ressuscitado

O Evangelho de João relata o comovente encontro de Maria Madalena com Jesus após a ressurreição. Ao chegar ao sepulcro e encontrar a pedra removida, Maria é tomada pela aflição, mas é surpreendida pela presença de dois anjos que a questionam: “Porque choras?”.

Nesse momento de desespero, Maria se depara com Jesus, mas sem reconhecê-lo, pensando ser o jardineiro. Jesus a interpela, perguntando: “Quem procuras?”. Somente quando Jesus a chama pelo nome, Maria o reconhece e exclama: “Mestre!”.

Este encontro íntimo entre Maria e Jesus ressuscitado ilustra a profundidade do amor de Deus e Sua capacidade de nos reconhecer individualmente. Assim como Maria, muitas vezes buscamos a presença de Jesus em nossas vidas, mas nem sempre O reconhecemos de imediato.

Ao ouvir seu nome pronunciado pela voz divina, Maria encontra paz e alegria. Da mesma forma, quando nos voltamos para Jesus e reconhecemos Sua presença em nossas vidas, somos preenchidos com uma alegria indescritível.

Além disso, o encontro de Maria com Jesus ressuscitado não é apenas uma experiência pessoal, mas uma missão a ser compartilhada. Maria corre para anunciar aos discípulos: “Vi o Senhor!”. Da mesma forma, somos chamados a testemunhar o amor de Cristo aos outros, espalhando a boa notícia da ressurreição.

Que possamos, como Maria Madalena, encontrar a presença viva de Jesus em nossas vidas e sermos testemunhas credíveis do Seu amor e misericórdia.

Oração

Senhor Jesus, que em Sua ressurreição revelou Seu amor e poder sobre a morte, conceda-nos a graça de reconhecê-Lo em nossas vidas e testemunhar Sua presença aos outros. Capacite-nos a proclamar com alegria: “Vi o Senhor!”, e a compartilhar Sua mensagem de salvação com o mundo. Amém.

04  01 Mt 28, 8-15 Segunda Aparição às Santas Mulheres

04  01 Mt 28, 8-15 Segunda Aparição às Santas Mulheres
«Ide avisar os meus irmãos que devem ir para a Galileia» Mt 28, 8-15 

. Matriz de São Francisco de Assis - Evangelho (Mt 28,8-15) — O Senhor esteja  convosco. — Ele está no meio de nós. — PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus  Cristo + segundo Mateus. —

EVANGELHO

Naquele tempo, Elas afastaram-se prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos. Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes: Salve! Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés. Disse-lhes Jesus: Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão. Enquanto elas voltavam, alguns homens da guarda já estavam na cidade para anunciar o acontecimento aos príncipes dos sacerdotes. Reuniram-se estes em conselho com os anciãos. Deram aos soldados uma importante soma de dinheiro, ordenando-lhes: Vós direis que seus discípulos vieram retirá-lo à noite, enquanto dormíeis. Se o governador vier a sabê-lo, nós o acalmaremos e vos tiraremos de dificuldades. Os soldados receberam o dinheiro e seguiram suas instruções. E esta versão é ainda hoje espalhada entre os judeus.

.

REFLEXÃO 

O relato da ressurreição de Jesus nos evangelhos é um momento de profunda transformação e esperança para os seguidores de Cristo. No entanto, também revela as reações diversas diante do evento e os esforços para negar sua veracidade.

As mulheres, Maria de Magdala e a outra Maria, são as primeiras testemunhas do túmulo vazio. Recebem do anjo a mensagem de que Jesus ressuscitou e são instruídas a comunicar aos discípulos a boa nova. Este encontro com o anjo marca o início de uma nova relação entre Deus e a humanidade, inaugurada pela ressurreição de Jesus.

Por outro lado, os líderes religiosos, confrontados com o túmulo vazio, tentam desmentir o ocorrido. Oferecem aos soldados uma soma em dinheiro para propagarem a mentira de que os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus. Esta tentativa de negação revela o conflito entre a verdade da ressurreição e os interesses políticos e religiosos da época.

O verdadeiro sinal da ressurreição não está apenas na ausência do corpo de Jesus no túmulo, mas na transformação interior dos discípulos. De tristes e temerosos, eles se tornam cheios de alegria e vivem a notícia da ressurreição de forma íntima e profunda. Esta experiência  condu-los  a uma comunhão de vida com Deus e a uma nova fraternidade na Igreja, testemunhando ao mundo a presença viva de Cristo.

A ressurreição de Jesus Cristo não é apenas um evento histórico, mas o ponto central da fé cristã. É a garantia da vida eterna e a base de nossa esperança. Sem ela, nossa fé seria vazia. Portanto, celebremos com alegria a ressurreição de Cristo, renovando nossa fé e nosso compromisso com Ele.

Oração

Ó Deus, Pai de bondade, concedei-nos a graça de vivermos sempre na luz da ressurreição de Jesus Cristo. Que possamos testemunhar ao mundo a esperança e a alegria que encontramos em sua vitória sobre a morte. Fortalecei nossa fé e nossa comunhão com Cristo, para que possamos viver de acordo com o Evangelho. Amém.

03 25 O poder da imagem – Sexta Feira Santa

INTERPRETAÇÃO

Ora bem, a primeira coisa que parece, é que na batalha que se trava ainda no céu, o demónio sobrepõe-se aos anjos guardiães. (Quantas vezes a nossa esperança se apaga, porque não cremos que Deus, com o Seu Poder, virá sempre em socorro dos Seus.?) Ao redor da Cruz, o que mais impressiona é o caos instalado, naquele amontoado de demónios que A cercam. Todos se empenham em atingir a N. Senhor, porque, ao contrário do fruto das suas ações que carregam nas mãos – cabeças degoladas; a destruição e a morte- não obtiveram porém, nem um pedaço do Corpo de Jesus. Estão tão raivosos por isso, que não atentam para a multidão – um povo santificado, que está contemplando o Seu Senhor, reconhecendo-O como seu Soberano, ainda que pregado no Madeiro. Não atentam, nem ensaiam misturar-se com ela. Sabem que, se destruírem a Cabeça, a multidão estará de novo sujeita ao seu domínio. Mas, em vão, são os seus esforços; o Amor de Cristo, protege-a agora, e o demónio, nunca mais terá poder , contra os filhos de Deus. (Cristina)

03 24 “Serai-je moi ?”


PRIÈRE INITIALE :.

Esprit Saint, nous avons besoin de Toi pour entrer dans cette prière et dans cette Semaine Sainte qui commence maintenant. Il m’a fallu beaucoup de temps pour commencer à lire l’Évangile d’aujourd’hui. C’était comme si une énorme vague s’approchait et que je n’étais pas prêt à la recevoir ! Ce sont des passages d’une grande intensité, dureté, cruauté… En même temps, ils sont le reflet d’un amour qui déborde et d’une beauté cachée, que seuls ceux qui se laissent inviter par Toi à partager de près Tes derniers moments peuvent saisir !

PAROLE DE DIEU Dans le silence, accueillons l’Évangile de la Passion selon Marc 14, 1 à 15, 47. Il restait deux jours avant la fête de la Pâque et des pains sans levain, et les chefs des prêtres et les scribes cherchaient un moyen de s’emparer de Jésus par ruse pour le faire mourir. Mais ils disaient : “Pas pendant la fête, pour qu’il n’y ait pas d’émeute parmi le peuple”. (…) Le soir étant venu, Jésus arriva avec les Douze. Pendant qu’ils étaient à table et qu’ils mangeaient, Jésus dit : “En vérité, je vous le dis, l’un de vous, qui mange avec moi, me trahira”. Ils commencèrent à s’attrister et à lui dire l’un après l’autre : “Serai-je moi ?” Jésus leur répondit : “C’est l’un des Douze, celui qui met la main avec moi dans le plat. (…) Ils chantèrent des psaumes et partirent pour le mont des Oliviers. Jésus leur dit : “Vous me trahirez tous, comme il est écrit : ‘Je frapperai le berger, et les brebis seront dispersées’. Mais après que je serai ressuscité, je vous précéderai en Galilée”. Pierre lui dit : “Même si tous te trahissent, je ne le ferai pas”. Jésus lui répondit : “En vérité, je te le dis, aujourd’hui, cette nuit même, avant que le coq chante deux fois, tu me renieras trois fois”. (…) Les chefs des prêtres portaient contre lui de nombreuses accusations. Pilate l’interrogea de nouveau : “Tu ne réponds rien ? Regarde de combien de choses ils t’accusent”. Mais Jésus ne répondit rien, de sorte que Pilate était étonné. (…) Pilate demanda : “Voulez-vous que je vous relâche le roi des Juifs ?” Il savait que les chefs des prêtres l’avaient livré par jalousie. (Ils) excitèrent la foule pour qu’il leur relâche plutôt Barabbas. (…) Ils emmenèrent alors Jésus pour le crucifier. Ils réquisitionnèrent un homme qui passait, venant des champs, pour porter la croix (…) Et ils emmenèrent Jésus au lieu appelé Golgotha, ce qui signifie le lieu du Crâne. Ils voulaient lui donner du vin mélangé de myrrhe, mais il ne le voulut pas boire. Ensuite, ils le crucifièrent.

INDICATIONS POUR LA PRIÈRE

À plusieurs moments de ce récit, Jésus, nous voyons clairement l’intention de faire le mal, de trahir et de tuer, nous voyons l’envie qui était dans le cœur et les actions des gens, nous voyons la fragilité de ceux qui disent t’aimer puis t’abandonner, te nier et se disperser. Cela nous coûte de voir cela, mais cette tendance est dans notre cœur, parfois plus clairement, parfois plus discrètement. Et nous nous demandons comme Judas : “Serais-je moi ?” Nous te voyons répondre aux accusations et jugements avec silence et sérénité, répondant à la colère et à l’hostilité par le pardon, à la trahison et au déni par la tendresse et la miséricorde.

PRIÈRE FINALE Jésus, montre-nous la vérité de nos mauvaises intentions et, en même temps, l’amour avec lequel tu nous aimes, nous accueilles et assumes tout cela. Laisse-nous être aimés ! Fais-nous expérimenter qu’il n’y a aucun mal qui ne puisse être surmonté par ton amour.

03 31 Jo 20, 1-9  Domingo  Maria Madalena , Pedro e João testemunhas da ressurreição de Cristo

Evangelho Jo 20, 1-9


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. João
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo que Jesus amava e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro. Corriam os dois juntos, mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro¬. Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou. Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira. Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não com as ligaduras, mas enrolado à parte. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro:¬ viu e acreditou. Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da Salvação.

REFLEXÃO

O Evangelho de João 20:1-9 apresenta -nos uma narrativa emocionante e surpreendente. Logo no início, somos apresentados à personagem de Maria Madalena, que vai ao túmulo de Jesus logo cedo e encontra a pedra que cobria a entrada do túmulo removida. Ela fica preocupada e corre para avisar Pedro e João, que também vão ao túmulo verificar o que aconteceu.

Ao chegarem lá, João vê o lençol que cobria o corpo de Jesus dobrado e colocado à parte, o que o leva a crer que Jesus realmente tinha ressuscitado. Pedro também entra no túmulo e vê a mesma cena, mas sua reação é de perplexidade e não de fé.

Essa diferença de reação entre João e Pedro pode ser interpretada como uma diferença de níveis de fé e de compreensão das Escrituras. João, por sua experiência pessoal com Jesus e por sua proximidade com Ele, tinha uma fé mais profunda e uma compreensão mais clara do que estava acontecendo. Já Pedro, apesar de ser um líder importante entre os apóstolos, ainda não havia atingido esse mesmo nível de compreensão e fé.

O Evangelho de João também nos mostra como a fé pode se manifestar de diferentes formas. Maria Madalena, por exemplo, acredita que o corpo de Jesus tenha sido roubado, mas mesmo assim corre para avisar os outros apóstolos. Pedro e João têm reações diferentes ao verem o túmulo vazio, mas ambos mostram uma disposição para buscar a verdade e compreender o que aconteceu.

Essa busca pela verdade e pela compreensão mais profunda é um tema recorrente em todo o Evangelho de João. O autor quer que seus leitores acreditem que Jesus é o Filho de Deus e que, ao acreditar, tenham a vida eterna. Essa crença não é baseada em evidências materiais ou em argumentos lógicos, mas sim em uma experiência pessoal com Jesus e em uma abertura para a ação do Espírito Santo.

Em resumo, o Evangelho de João 20:1-9 apresenta – nos uma narrativa emocionante e cheia de significado sobre a ressurreição de Jesus. Mostra-nos como a fé se pode manifestar de diferentes formas e como a busca pela verdade e pela compreensão mais profunda é importante para a vida cristã. Por fim, convida-nos a acreditar em Jesus como o Filho de Deus e a ter a vida eterna por meio dessa crença.

ORAÇÃO

Ó Deus, que na mensagem do Apóstolo João nos revelastes os mistérios do vosso Verbo, concedei-nos a graça de compreendermos e amarmos as maravilhas que Ele nos fez conhecer.

03 30 Mc 16, 1-7  Sábado «Jesus de Nazaré, o Crucificado, ressuscitou»(missa da vigilia)



EVANGELHO Mc 16, 1-7
«Jesus de Nazaré, o Crucificado, ressuscitou»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Depois de passar o sábado,
Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé
compraram aromas para irem embalsamar Jesus.
E no primeiro dia da semana, partindo muito cedo,
chegaram ao sepulcro ao nascer do sol.
Diziam umas às outras:
«Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?».
Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida;
e era muito grande.
Entrando no sepulcro,
viram um jovem sentado do lado direito,
vestido com uma túnica branca,
e ficaram assustadas.
Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis.
Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado?
Ressuscitou: não está aqui.
Vede o lugar onde O tinham depositado.
Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro
que Ele vai adiante de vós para a Galileia.
Lá O vereis, como vos disse».


Palavra da salvação.

REFLEXÃO


Neste trecho do Evangelho segundo São Marcos, somos levados ao momento crucial da ressurreição de Jesus Cristo. Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé, mulheres fiéis e corajosas, dirigem-se ao sepulcro de Jesus para embalsamá-lo. No entanto, são surpreendidas ao encontrar a pedra que cobria a entrada já revolvida, e dentro do sepulcro, um jovem vestido com uma túnica branca. O anjo conforta as mulheres, dizendo-lhes para não temerem, pois Jesus, o Crucificado, ressuscitou. Ele lhes dá a missão de anunciar aos discípulos e a Pedro que Jesus os precedeu para a Galileia, onde o encontrarão.

Este evento representa não apenas a vitória sobre a morte, mas também a promessa cumprida de Jesus. Sua ressurreição é a prova definitiva de sua divindade e do poder redentor de Deus. A mensagem do anjo é de alegria e esperança, pois anuncia a continuidade da obra de Jesus e a certeza da vida eterna para aqueles que creem nele.

Assim, somos chamados a nos alegrar e a proclamar com fervor que “Jesus de Nazaré, o Crucificado, ressuscitou”. Que essa boa notícia ressoe em nossos corações e que possamos compartilhá-la com o mundo, testemunhando a esperança e o amor que Cristo nos oferece. Amém.

ORAÇÃO

Senhor Jesus, celebramos tua ressurreição, fonte de esperança e vida eterna. Que a vossa vitória sobre a morte fortaleça nossa fé e renove nossas esperanças. Que possamos encontrar-vos  vivo em nossas vidas, guiando-nos e fortalecendo-nos. Dá-nos coragem para proclamar vossa ressurreição e viver segundo vossos  ensinamentos de amor e misericórdia. Que  a vossa luz nos conduza pelos caminhos da verdade e da vida. Amém.

03 29 Jo 18, 1-19, 42 Sexta  A Paixão de Cristo

Reflexão da Rádio Maria sobre Sexta Feira Santa

EVANGELHO Jo 18, 1 __ 19, 42

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São João
Naquele tempo,
Jesus saiu com os seus discípulos
para o outro lado da torrente do Cedron.
Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.
Judas, que O ia entregar, conhecia também o local,
porque Jesus Se reunira lá muitas vezes
com os discípulos.
Tomando consigo uma companhia de soldados
e alguns guardas,
enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus,
Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas.
Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer,
adiantou-Se e perguntou-lhes:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam-Lhe:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Jesus disse-lhes:
J «Sou Eu».
N Judas, que O ia entregar, também estava com eles.
Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu»,
recuaram e caíram por terra.
Jesus perguntou-lhes novamente:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Disse-lhes Jesus:
J «Já vos disse que sou Eu.
Por isso, se é a Mim que buscais,
deixai que estes se retirem».
N Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito:
«Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».
Então, Simão Pedro, que tinha uma espada,
desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita.
O servo chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro:
J «Mete a tua espada na bainha.
Não hei de beber o cálice que meu Pai Me deu?».
N Então, a companhia de soldados,
o oficial e os guardas dos judeus
apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O.
Levaram-n’O primeiro a Anás,
por ser sogro de Caifás,
que era o sumo sacerdote nesse ano.
Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos judeus:
«Convém que morra um só homem pelo povo».
Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus
com outro discípulo.
Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora.
Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote,
falou à porteira e levou Pedro para dentro.
A porteira disse a Pedro:
R «Tu não és dos discípulos desse homem?».
N Ele respondeu:
R «Não sou».
N Estavam ali presentes os servos e os guardas,
que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro
e se aqueciam.
Pedro também se encontrava com eles a aquecer-se.
Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
Jesus respondeu-lhe:
J «Falei abertamente ao mundo.
Sempre ensinei na sinagoga e no templo,
onde todos os judeus se reúnem,
e não disse nada em segredo.
Porque Me interrogas?
Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse:
eles bem sabem aquilo de que lhes falei».
N A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente
deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
R «É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Se falei mal, mostra-Me em quê.
Mas, se falei bem, porque Me bates?».
N Então Anás mandou Jesus manietado
ao sumo sacerdote Caifás.
Simão Pedro continuava ali a aquecer-se.
Disseram-lhe então:
R «Tu não és também um dos seus discípulos?».
N Ele negou, dizendo:
R «Não sou».
N Replicou um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
R «Então eu não te vi com Ele no jardim?».
N Pedro negou novamente,
e logo um galo cantou.
Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao Pretório.
Era de manhã cedo. Eles não entraram no pretório, para
não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa.
Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes:
R «Que acusação trazeis contra este homem?».
N Eles responderam-lhe:
R «Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós próprios, e julgai-O segundo a vossa lei».
N Os judeus responderam:
R «Não nos é permitido dar a morte a ninguém».
N Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito,
ao indicar de que morte ia morrer.
Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório,
chamou Jesus e perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É por ti que o dizes,
ou foram outros que to disseram de Mim?».


N Disse-Lhe Pilatos:
R «Porventura sou eu judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes
é que Te entregaram a Mim.
Que fizeste?».
N Jesus respondeu:
J «O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus guardas lutariam
para que Eu não fosse entregue aos judeus.
Mas o meu reino não é daqui».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Então, Tu és Rei?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É como dizes: sou Rei.
Para isso nasci e vim ao mundo,
a fim de dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Que é a verdade?».
N Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:
R «Não encontro neste homem culpa nenhuma.
Mas vós estais habituados
a que eu vos solte alguém pela Páscoa.
Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Esse não. Antes Barrabás».
N Barrabás era um salteador.
Então Pilatos mandou que levassem Jesus
e O açoitassem.
Os soldados teceram uma coroa de espinhos,
colocaram-Lha na cabeça
e envolveram Jesus num manto de púrpura.
Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
R «Salve, Rei dos judeus».
N E davam-Lhe bofetadas.
Pilatos saiu novamente para fora e disse:
R «Eu vo-l’O trago aqui fora,
para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».

N Jesus saiu,
trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
Pilatos disse-lhes:
R «Eis o homem».
N Quando viram Jesus,
os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
R «Crucifica-O! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós mesmos e crucificai-O,
que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
N Responderam-lhe os judeus:
R «Nós temos uma lei
e, segundo a nossa lei, deve morrer,
porque Se fez Filho de Deus».
N Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado.
Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
R «Donde és Tu?».
N Mas Jesus não lhe deu resposta.
Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não me falas? Não sabes que tenho poder
para Te soltar e para Te crucificar?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Nenhum poder terias sobre Mim,
se não te fosse dado do alto.
Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado».
N A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus.
Mas os judeus gritavam:
R «Se O libertares, não és amigo de César:
todo aquele que se faz rei é contra César».
N Ao ouvir estas palavras,
Pilatos trouxe Jesus para fora
e sentou-se no tribunal,
no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá».
Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia.
Disse então aos judeus:
R «Eis o vosso Rei!».
N Mas eles gritaram:
R «À morte, à morte! Crucifica-O!».


N Disse-lhes Pilatos:
R «Hei-de crucificar o vosso Rei?».
N Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:
R «Não temos outro rei senão César».
N Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado.
E eles apoderaram-se de Jesus.
Levando a cruz,
Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário,
que em hebraico se diz Gólgota.
Ali O crucificaram, e com Ele mais dois:
um de cada lado e Jesus no meio.
Pilatos escreveu ainda um letreiro
e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito:
«Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus».
Muitos judeus leram esse letreiro,
porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado
era perto da cidade.
Estava escrito em hebraico, grego e latim.
Diziam então a Pilatos
os príncipes dos sacerdotes dos judeus:
R «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’,
mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos judeus’».
N Pilatos retorquiu:
R «O que escrevi está escrito».
N Quando crucificaram Jesus,
os soldados tomaram as suas vestes,
das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado,
e ficaram também com a túnica.
A túnica não tinha costura:
era tecida de alto a baixo como um todo.
Disseram uns aos outros:
R «Não a rasguemos, mas lancemos sortes,
para ver de quem será».
N Assim se cumpria a Escritura:
«Repartiram entre si as minhas vestes
e deitaram sortes sobre a minha túnica».
Foi o que fizeram os soldados.
Estavam junto à cruz de Jesus
sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto,
Jesus disse a sua Mãe:
J «Mulher, eis o teu filho».
N Depois disse ao discípulo:
J «Eis a tua Mãe».
N E a partir daquela hora,
o discípulo recebeu-a em sua casa.
Depois, sabendo que tudo estava consumado
e para que se cumprisse a Escritura,
Jesus disse:
J «Tenho sede».
N Estava ali um vaso cheio de vinagre.
Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
e levaram-Lha à boca.
Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
J «Tudo está consumado».
N E, inclinando a cabeça, expirou.
N Por ser a Preparação, e para que os corpos
não ficassem na cruz durante o sábado,
– era um grande dia aquele sábado –
os judeus pediram a Pilatos
que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro,
depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto,
não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados
trespassou-Lhe o lado com uma lança,
e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho
e o seu testemunho é verdadeiro.
Ele sabe que diz a verdade,
para que também vós acrediteis.
Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz:
«Nenhum osso Lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura:
«hão de olhar para Aquele que trespassaram».
Depois disto, José de Arimateia,
que era discípulo de Jesus,
embora oculto por medo dos judeus,
pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.
Pilatos permitiu-lho.
José veio então tirar o corpo de Jesus.
Veio também Nicodemos,
aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus.
Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.
Tomaram o corpo de Jesus
e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes,
como é costume sepultar entre os judeus.
No local em que Jesus tinha sido crucificado,
havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo,
no qual ainda ninguém fora sepultado.
Foi aí que, por causa da Preparação dos judeus,
porque o sepulcro ficava perto,
depositaram Jesus.
Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Transmissão da Rádio Maria sobre sexta feira santa

O Evangelho de São João narra com profunda emoção e detalhes a Paixão de Cristo, destacando a figura do discípulo predileto, João, que testemunhou de perto os últimos momentos de Jesus. João, ao contemplar a maneira como Jesus enfrentou a morte, ressalta sua admiração pela serenidade e consciência divina que o Mestre demonstrou diante do sofrimento iminente.

Jesus, ciente de seu destino, entrega-se livremente à vontade do Pai, demonstrando não ser um mero espectador da sua própria história, mas sim o protagonista, o cumpridor da missão redentora. Mesmo diante da traição de Judas, da negação de Pedro e da condenação injusta, Jesus permanece firme em sua missão, aceitando o cálice do sofrimento com resignação e amor.

Neste relato, somos convidados a contemplar a entrega total de Jesus, que mesmo sendo o Rei dos céus, não se exime do sofrimento humano, enfrentando a cruz por amor a nós. Seu sacrifício não apenas nos redime, mas também nos ensina sobre a verdadeira natureza do amor e da humildade.

Que possamos, ao meditar sobre a Paixão de Cristo, encontrar inspiração para enfrentar nossas próprias cruzes com coragem e confiança, sabendo que Ele está sempre ao nosso lado, sustentando-nos com sua graça divina.

Oremos:

Senhor Jesus Cristo, contemplando tua Paixão, reconhecemos tua entrega total por amor a nós. Concede-nos a graça de seguir teu exemplo de humildade e amor, para que, unidos a ti na cruz, possamos também participar da glória da tua ressurreição. Amém.

03 28 Jo 13, 1-15  Quinta Jesus lava os pés aos Apóstolo

EVANGELHO Jo 13, 1-15
«Amou-os até ao fim»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

Palavra da salvação.

Reflexão

O sinal pelo qual conhecerão que sois meus discípulos será que vos ameis uns aos outros” (Jo 13,33ss) disse Jesus no decorrer da última ceia. O amor fraterno ou mandamento de Jesus aparece como sinal visível da comunidade cristã. Será o que a identifica perante o mundo.

O lava-pés dos apóstolos por Jesus e a primeira comunhão dos discípulos expressam o serviço, amor e entrega por parte de Cristo, são um convite para que nós façamos o mesmo, em sua memória; O lava-pés e a instituição da Eucaristia, iluminam e dão sentido a toda a vida de Cristo, centrada nessa dupla motivação: amor ao Pai e amor aos homens, seus irmãos, como princípio, meio e fim.

O amor de Jesus não se ficou por palavras, nem sequer nesses dois sinais: Eucaristia e lava-pés, mas passou à acção: Ele deu a vida por todos nós; e “ninguém tem maior amor que o que dá a vida pelos seus amigos”, sublinhou então Jesus.

Naquela tarde realizaram-se duas entregas bem diferentes. Jesus dá-se aos seus amigos na Eucaristia. A nossa opção de cristãos não pode ser outra senão a de Jesus em tal dia como hoje: amar os outros como ele nos amou.

A Igreja nasce na Ceia do Senhor. O mandato de Jesus “fazei isto em memória de mim” origina a repetição da Eucaristia e, portanto, a convocação permanente da assembleia eclesial através dos tempos.

Oração

Nós vos louvamos ó Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os crentes e os pobres de todo o mundo, porque o corpo de Cristo é o pão que nos fortalece e o seu sangue é o vinho da festa pascal que nos reúne.

Concedei-nos o vosso Espírito para continuar a crer e a amar porque esse é o vosso mandato e o nosso empenho para sempre.

03 27  Mt 26 14-25 Quarta  Ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue

EVANGELHO Mt 26, 14-25

«O Filho do homem vai partir, como está escrito.

Mas ai daquele por quem vai ser entregue!»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,

um dos Doze, chamado Iscariotes,

foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse-lhes:

«Que estais dispostos a dar-me para vos entregar Jesus?»

Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.

A partir de então,

Judas procurava uma oportunidade para O entregar.

No primeiro dia dos Ázimos,

os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe:

«Onde queres que façamos os preparativos

para comer a Páscoa?»

Ele respondeu:

«Ide à cidade, a casa de tal pessoa, e dizei-lhe:

‘O Mestre manda dizer:

O meu tempo está próximo.

É em tua casa que Eu quero celebrar a Páscoa

com os meus discípulos’».

Os discípulos fizeram como Jesus lhes tinha mandado

e prepararam a Páscoa.

Ao cair da tarde, sentou-Se à mesa com os Doze.

Enquanto comiam, declarou:

«Em verdade, em verdade vos digo:

Um de vós Me entregará».

Profundamente entristecidos,

começou cada um a perguntar-Lhe:

«Serei eu, Senhor?»

Jesus respondeu:

«Aquele que meteu comigo a mão no prato

é que vai entregar-Me.

O Filho do homem vai partir,

como está escrito acerca d’Ele.

Mas ai daquele por quem o Filho do homem vai ser entregue!

Melhor seria para esse homem não ter nascido».

Judas, que O ia entregar, tomou a palavra e perguntou:

«Serei eu, Mestre?»

Respondeu Jesus:

«Tu o disseste».

Palavra da salvação.

REFLEXÃO

Reflexão sobre Mt 26, 14-25

À medida que nos aproximamos do momento da Paixão de Jesus, o Evangelho de Mateus apresenta a figura de Judas Iscariotes, o homem que traiu Jesus.

Este sinistro acontecimento acontece  num contexto de amizade traída, durante a ceia pascal, onde Jesus se torna participante da vida de seus discípulos. No entanto, mesmo diante da traição, Jesus mantém sua postura de Mestre de Amor e entrega -se voluntariamente a Si mesmo.

A traição de Judas é o inicio da Paixão. Esta traição é denunciada por Jesus durante a refeição em que celebra a Páscoa e institui a Eucaristia. Deste modo, a libertação é trazida por Jesus aos homens, ao mesmo tempo em que o homem O atraiçoa e lhe dá a morte.

Esta leitura está dominada pela ideia das ‘entregas’: a ‘entrega’ ou “traição” que Judas faz de Jesus, e a ‘entrega’ que Jesus faz de Si mesmo na sua Páscoa, da qual já amanhã fará entrega aos seus discípulos na Eucaristia.

A traição torna se a oportunidade para o dom voluntário e total de Jesus. Sua morte transforma se em fonte de vida para homens novos, renovados pelas águas do batismo e iluminados pela Cruz de Cristo.

A celebração da Primeira Missa convida nos a prepararmo-nos internamente para participarmos do grande mistério da Eucaristia, refletindo essa disposição interior em nossas ações externas e em nossa vida quotidiana. Devemos caminhar na presença do Senhor, carregando nossa Cruz e edificando a Igreja sobre o sangue de Cristo. E, acima de tudo, confessar como nossa única glória Cristo Crucificado, que se entregou por amor a nós.

Agradeçamos ao Pai pelo dom de Seu Filho, que inaugurou um mundo novo através do seu sangue derramado e que, mesmo sendo divino, adotou a condição de servo de todos. Que possamos seguir seu exemplo, buscando sempre nos colocar a serviço dos outros e entregando-nos por amor a Deus e ao próximo.

Oração

Damos-te Graças, Pai, porque Cristo vosso filho inaugurou um mundo novo, cujo sinal é o seu sangue derramado; não fez alarde da sua categoria divina nem exigiu o seu direito a ser tratado como o que era, mas adotou a condição de servidor de todos, até submeter-se à morte, e uma morte de cruz.

03 26 Jo 13, 21-33.36-38« Terça Um de vós há de entregar-me…


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
estando Jesus à mesa com os discípulos,
sentiu-Se intimamente perturbado e declarou:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Um de vós Me entregará».
Os discípulos olhavam uns para os outros,
sem saberem de quem falava.
Um dos discípulos, o predileto de Jesus,
estava à mesa, mesmo a seu lado.
Simão Pedro fez-lhe sinal e disse:
«Pergunta-Lhe a quem Se refere».
Ele inclinou-Se sobre o peito de Jesus e perguntou-Lhe:
«Quem é, Senhor?»
Jesus respondeu:
«É aquele a quem vou dar este bocado de pão molhado».
E, molhando o pão, deu-o a Judas Iscariotes, filho de Simão.
Naquele momento, depois de engolir o pão,
Satanás entrou nele.
Disse-lhe Jesus:
«O que tens a fazer, fá-lo depressa».
Mas nenhum dos que estavam à mesa
compreendeu porque lhe disse tal coisa.
Como Judas era quem tinha a bolsa comum,
alguns pensavam que Jesus lhe tinha dito:
«Vai comprar o que precisamos para a festa»;
ou então, que desse alguma esmola aos pobres.
Judas recebeu o bocado de pão e saiu imediatamente.
Era noite.
Depois de ele sair, Jesus disse:
«Agora foi glorificado o Filho do homem
e Deus foi glorificado n’Ele.
Se Deus foi glorificado n’Ele,
também Deus O glorificará em Si mesmo
e glorificá-l’O-á sem demora.
Meus filhos, é por pouco tempo que ainda estou convosco.
Haveis de procurar-Me
e, assim como disse aos judeus,
também agora vos digo:
não podeis ir para onde Eu vou».
Perguntou-Lhe Simão Pedro:
«Para onde vais, Senhor?».
Jesus respondeu:
«Para onde Eu vou, não podes tu seguir-Me por agora;
seguir-Me-ás depois».
Disse-Lhe Pedro:
«Senhor, por que motivo não posso seguir-Te agora?
Eu darei a vida por Ti».
Disse-Lhe Jesus:
«Darás a vida por Mim?
Em verdade, em verdade te digo:
Não cantará o galo,
sem que Me tenhas negado três vezes».


Palavra da salvação.

03 25  Jo 12, 1-11 Segunda  Unção de Jesus em Betânia

EVANGELHO Jo 12, 1-11
«Deixa-a em paz:
ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia,
onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Ofereceram-Lhe lá um jantar:
Marta andava a servir
e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus.
Então Maria tomou uma libra de perfume
de nardo puro, de alto preço,
ungiu os pés de Jesus e enxugou-Lhos com os cabelos;
e a casa encheu-se com o perfume do bálsamo.
Disse então Judas Iscariotes, um dos discípulos,
aquele que havia de entregar Jesus:
«Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários,
para dar aos pobres?»
Disse isto, não porque se importava com os pobres,
mas porque era ladrão
e, tendo a bolsa comum, tirava o que nela se lançava.
Jesus respondeu-lhe: «Deixa-a em paz:
ela tinha guardado o perfume para o dia da minha sepultura.
Pobres, sempre os tereis convosco;
mas a Mim, nem sempre Me tereis».
Soube então grande número de judeus
que Jesus Se encontrava ali e vieram, não só por causa de Jesus,
mas também para verem Lázaro,
que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Entretanto, os príncipes dos sacerdotes
resolveram matar também Lázaro,
porque muitos judeus, por causa dele,
se afastavam e acreditavam em Jesus.
Palavra da salvação.

Reflexão

Hoje, na segunda-feira da Semana Santa, o Evangelho em (Jo 12, 1-11) apresenta-nos um exemplo de generosidade e amor a Deus. Maria ofereceu a Jesus tudo o que tinha de melhor em sua vida, um perfume precioso que derramou aos pés do Senhor.

Embora Judas tenha questionado a ação de Maria, dizendo que o perfume poderia ter sido vendido para ajudar os pobres, Maria estava mais preocupada em mostrar todo o seu amor por Jesus. Ela sabia que não havia nada mais valioso do que oferecer tudo o que tinha a Deus.

Enquanto Maria é motivada pelo amor e respeito genuínos por Jesus, Judas está motivado pela ganância e pelo desejo de obter benefícios pessoais. Maria busca expressar seu amor e respeito por meio de ações generosas e altruístas, Judas busca tirar vantagem das situações para satisfazer seus próprios interesses. Essas atitudes são reflexos de valores e motivações muito diferentes e mostram como as escolhas que fazemos em nossas vidas podem ser influenciadas por esses valores e motivações.

Assim, a narrativa destaca a importância do amor desinteressado e da devoção sincera, em contraste com a ganância egoísta. O amor e a devoção a Jesus devem ser a prioridade, em vez do dinheiro ou dos bens materiais.

Hoje, nós também podemos seguir o exemplo de Maria e oferecer a Jesus tudo o que temos de melhor em nossas vidas. Podemos colocar diante dEle as coisas boas e ruins, aquelas que nos atrapalharam ou nos fizeram sofrer. Através da oração e do amor, podemos oferecer a Deus o melhor de nós mesmos, com alegria e sinceridade.

Deus certamente acolherá este nosso gesto de amor e generosidade, e um dia seremos recompensados por isso. Que possamos viver esta Semana Santa de forma profunda e verdadeira, imitando o exemplo de Maria e oferecendo a Jesus tudo o que temos de melhor em nossas vidas.

Oração

Senhor, pedimo-vos que nos concedais a sabedoria para fazer as escolhas certas em nossas vidas, seguindo o exemplo de Maria colocando-vos sempre em primeiro lugar.

Pedimos que nos fortaleçais em tempos de incerteza e nos ajudeis a manter nossa fé inabalável, mesmo em face das dificuldades.

Pedimos que nos abençoeis e a todos aqueles que amamos, guiando-nos sempre para o caminho da felicidade eterna.